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Monismo, macrovb.
vb. criado em 04/07/2013, 13h53m.
O termo monismo, que significa literalmente doutrina da unidade, foi cunhado no século XVIII pelo pensador alemão Christian Wolff e, posteriormente, vulgarizado por Ernst Haeckel e Wilhelm Ostwald.
Monismo é a teoria filosófica que toma como base de todo ser uma única substância ou uma única espécie de substância. Opõe-se ao dualismo e ao pluralismo, pois reduz as relações a um princípio fundamental, único ou unitário, que tudo explica e contém.
Encontram-se concepções monistas na filosofia hindu, no pensamento chinês e na filosofia grega, desde a pré-socrática até a pós-clássica. A nota comum entre todos os sistemas monistas é a redução de todas as coisas e princípios à unidade, quer quanto à substância (monismo ontológico, metafísico ou religioso), quer quanto às leis lógicas ou físicas (monismo lógico ou gnosiológico), ou quanto às bases do comportamento moral (monismo ético).
Para o hilozoísmo grego, toda matéria é viva, ou em si mesma ou porque participa da alma do mundo. Compartilham essa concepção Tales de Mileto, Anaximandro, Heráclito, Parmênides, Demócrito, Epicuro e Lucrécio. O hilozoísmo se manifesta ainda na física dos estóicos, para quem o pneuma, composto de ar (substância fria) e fogo (substância quente), é o princípio de todas as coisas.
Depois do Renascimento, o monismo ontológico ou religioso encontrou um de seus maiores pensadores no italiano Giordano Bruno, para quem Deus, suprema unidade de todas as coisas, se confunde com a natureza, de que é vida, força e matéria. Outro monista foi o holandês Baruch de Spinoza, defensor da idéia segundo a qual espírito e corpo são atributos da substância divina, sendo Deus e a natureza a mesma coisa. A monadologia de Leibniz representa um monismo espiritualista, também cabível a Berkeley e a Rudolf Hermann Lotze. No monismo materialista, em oposição, incluem-se Thomas Hobbes, John Toland, Dietrich Holbach, Pierre Maupertuis e Diderot, também hilozoístas. Na passagem para o século XIX, Herder e Goethe representaram um monismo panteísta /v. Panteísmo/, como o de Bruno e Spinoza.
Com Haeckel, o monismo como sistema filosófico materialista prevaleceu sobre as tendências idealistas no pensamento contemporâneo. No Brasil, a difusão das idéias de Haeckel se deu por meio da chamada escola de Recife, com Tobias Barreto e seus discípulos. Dentro do monismo naturalista, à maneira de Haeckel, inclui-se ainda a doutrina de Ostwald, para quem a única e última realidade é a energia.
(f.: Barsa CD v. 1.11 (1995). Baseada na Nova Enciclopédia Barsa. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações (1 CD))
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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